sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Falácia e desculpa
Faz tempo
Não escrevo
Faz tempo
Não me mexo
Faz tempo
Que desisto
Faz tempo
Não insisto
Faz tempo
Esqueci que existo
Faz tempo
Não sei mais o que digo
Talvez haja tempo
Tempo para fazer o que não digo
Tempo para desfazer o que digo
Tempo para fazer o que não digo
Tempo para fazer o que sonho a sós comigo
Tempo para expor aquilo que deixei a um abrigo
O abrigo dos meus pensamentos,
evitando dos outros o olhar do piedoso para com o mendigo,
que se esconde do nada evitando sempre o desconhecido.
Assim me faço sem tempo
Assim digo que respiro mesmo sem respirar,
Vivendo o viver amedrontado, frágil, esquartejado
e levemente acinzentado em meu calejo de pensar.
Shannya Lacerda
15/10 de 2010
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