domingo, 9 de janeiro de 2011

A morte do corpo vivo

Alça-se em minha mente
um sonho de morte
que teu corpo desnudo promove
deixando-me mudo.
Cego, como um girar sem mundo.

Esqueço-me de tudo
e vou indo a fundo:
do que desce infernalmente
e sobe celestial e mudamente.

Vibrar palpitante de veias dançantes
prontas à explosão;
correntes de emoção
borbulham em meu ventre.
É tanta palpitação em minha mente.
Oh propulsão
dos céus;
confusão
dos infernos.

Arrebentação, vibração, palpitação...

Não arrebentem agora!
não me deixem refém do céu,
nem tão pouco das profundezas.
Quero ater-me!

Não arrebentem! Não ainda!
Incha, incha,
mas não finda.
E se fores...
deixa-me pelo menos ainda:

        No meu peito o sopro
de morte
        Na minha mente...
tudo confuso, mas por demais forte
        No meu corpo,
o odor de morte e o cheiro de vida.

Oh céus! Joga-me ao ar
faz minhas artérias parar
ao som do forte, leve, louco e rouco frêmitar.
Oh inferno! Leva-me de uma vez.
Acaba com a agonia que escorre de minha tez.
Acaba, acaba
explode... acalma___

.............................................
26 de junho de 2009.

 por Shannya Lacerda

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