Num sol rotundo
vi transformar uma aquarela em profundo anil;
vi transbordar um lago;
vi tudo isso em um amanhecer de abril.
Um amanhecer carismático, doce e gentil,
nem sol nem chuva havia,
apenas palavras doces
vindas da janela, da rua,
de alguém que nem esperava,
de alguém que não sabia existir.
Mas que agora Abril me trouxe.
E por essas e outras fortunas
vejo a vida mais bela, pois é cantada
pelas manhãs sob os raios invioláveis,
adentrando eles minha janela,
sob a égide do sussurro,
sob os murmúrios do pensamento.
De qualquer forma sempre lá,
arrebatando as colunas,
as colunas de minha janela.
por Shannya Lacerda
Natal, 21/ 03 de 2011
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