Alguém diz:
- O que tens aí? Digo que tenho tudo.
- Como cabe nesse tamanho?
- Levo só tudo o que o peso mo deu.
Tudo o que acumulei
e talvez...
de invencionices traças, desgostos, angústias.
- E não cansa? Não dói?
- Não.
Levo tudo em amarelos calos.
- E o que tu ganha por carregar?
- Idade, tempo, bastos brancos
amarelecidos.
- E o que tu levas?
- Eu, tu, o homem e os retratos coloridos.
- E agora aonde vais?
- Não importa,
sou negro no mundo
coloridamente branco.
por Shannya Lacerda
Natal, 21/05/2011.
domingo, 22 de maio de 2011
quarta-feira, 11 de maio de 2011
Delícia de poesia
Gosto de zurubuservar as paisagens d'alma,
vasculhar pirilampos à noitinha,
divagar aresias e gotas de areia
em chão de fantasia.
Gosto de deglutir os plurais,
outonar figuras de nada e tudo,
espinafrar lagos plácidos,
em mar de devaneios.
Gosto de luares de sol,
do tempo que gira e não passa,
do vento que chia e chora,
do sorriso que ri e implora
por festejos
no chão da fantasia,
por alentos
num chão de fantasia.
por Shannya Lacerda
Natal, 11/05 de 2011.
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