Não tenho tema
tenho volta fuga rota
Não tenho invontades
tenho apenas moleza para aquilo
que de mim depende, mas não reage
Não tenho perfeição
tenho obscuridades eivadas com sopros de luz
– daqueles momentos bons e limpos
Não tenho tempo
tenho de digerir e empacotar as coisas ruins
e tenho de despachar para fora da minha pele
aquilo que pulsa por incertos motivos racionais.
Tenho de etiquetar com o sorriso de cada momento
tenho de registrar nos olhos o desvelo emocional.
Não tenho tempo
ele por si só já me consome, me cansa, me atrofia.
Mas me salva. Me salva de mim mesma.
De mim que hoje não dei tempo ao tempo
e morri no primeiro gole de otimismo.
Morri. Dizendo que não Morri.
por Shannya Lacerda.
Natal, 21/ 07 de 2011.
Olá poetisa!
ResponderExcluirBelíssimo poema, muito intimista, gosto de esses paradoxos: "Não tenho tempo
ele por si só já me consome, me cansa, me atrofia.
Mas me salva. Me salva de mim mesma.
De mim que hoje não dei tempo ao tempo
e morri no primeiro gole de otimismo.
Morri. Dizendo que não Morri."
Ma-ra-vi-lhooooo-so! Parabéns!
M. C. Garcia
SAUDADES DE VC MENINA. DÁ NOTICIAS, COMO STAS? LEMBRO EXUPERY TU TE TORNAS ETERNAMENTE RESPONSÁVEL POR AQUILO QUE CATIVAS. FEITO O RG DA MINHA SAUDADE, DEUS TE ABENÇOE GRANDE MULHER. BEIJOS
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