domingo, 29 de janeiro de 2012

Admitir




Admitir, criar,
jogar com o calafrio
com aquele calar em que rio
sem perceber que falei
as palavras que pensei.

Admitir perder
composições mortas
com sudários de festa
e bebidas sanguinolentas
de suor. Galanteios perdidos. E
                               [o que resta?

Admitir não admite
criar fendas
e se esconder em negros
espaços de tempo;
criando fendas,
vou construindo eu e meu tempo
desbotado pela anemia
em que se abateram minhas
                      [convulsões de momento.

por Shannya Lacerda
11/11 de 2011.

2 comentários:

  1. LINDO POEMA! Já disse e repito: és uma grande poeta e fazes falta nos saraus da SPVA! Se puder apareça no CRO nessa quarta, eles transmitem o sarau via twitcam agora. Se não souber onde é, olha o endereço lá no blog da SPVA. Abraços e parabéns!

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  2. Agradeço a amizade e simpatia por meus rabiscos. Tô desorientada, confesso!
    Mas dependendo do horário, apareço lá. bjins

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