*Tela de Lauri Blank
Ah... se de toda a insônia e abstinência houver o mel ou o ranço da
poética franzina que carcome os dedos da alma.
Ah... se de
toda falta houver a música que invade encharcando o polido e o sisudo homem.
Ah... se de
todo ócio houver o lacre que aprisiona e liberta as palavras.
Ah... se de
todo recolhimento houver a explosão (o bum!) que nos liberta de nós mesmos...
.....
viveremos
tempos melhores
viveremos
tempos melhores
viveremos
tempos melhores
......
viveremos os tempos em que os homens voltarão a ser os animais que
sonham a quimera de apenas deixar-se ser, sendo a palavra: a guia da humanidade
ou o calabouço dos aflitos que gritam no mundo dos surdos.
......
Ah... se toda a insônia me aprouver de sentidos.... viverei melhor e
em tempos melhores.
por Shannya Lacerda
De fato o homem precisa libertar-se dos grilhões conceituais nos quais a sociedade insiste em prendê-lo. Belíssimo e bem escrito poema, confesso que tive de lê-lo várias vezes para entendê-lo de forma satisfatória. Já está na hora de publicar algo, não acha? ;)
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