Que eu pense em mil palavras, mil coisas...
Só me
lembro da boca seca
do
batido oco em meu coração
anunciando
um desfecho
[uma
morte.
Sal e
fel cavalgam, trotam
Olhos incham,
labaredam
A luz
se amortece
Calou o
coração, gritou o desespero
Riscas
de giz invadem pensamentos
aprisionando
os bons, riscando os ruins
[mas
sem nunca os deixar livres...
Mesmo dizendo
não vá
O coração
vai desfalecendo, virando pó
Morreu
o poema, o artista e o nó
[do calo dos
dedos.
Até só
restar palavras emocionadas – vagas?
E um
poema mal entendido – de amor?
De memórias
poéticas – ahhhhh....
por Shannya Lacerda
Natal,
24 de fevereiro de 2012.
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