I
Se achares intimista o olhar da ceifeira
Conduz-te ao altar da abnegação
Pois teu obscuro medo morreu
No momento que deixastes ceifar
Algo no limiar de tua singela imaginação.
II
Fogo no mar, vento nas quimeras
Sonhos guardados são pássaros
Alumiados pela ilusão desperta
E pela ausência do alimento
A fome negra revela em nós as hienas guardadas.
III
Foge de ti, como foge de teu medo
Teu céu escancarado só mostra
Tua audácia, resvalada em negras velas
Vontades destroçadas, desejo rebentado
Na esquina em que perdeu-se o homem a alma.
por Shannya Lacerda
Natal, 17/10 de 2011.
Vim até aqui para me impressionar...
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