Como pode
você chamar de drama
meu
samba
se vós
nada mais és
uma
sombra pálida
arrastada,
eivada;
não sobrou
em você nada
que se
compare,
que se
sinta,
que se
ame, deseje.
Tu és o
caco, o foço
e de
nada servirá teu esforço
me
conter? Nem com lágrimas
nem à
força.
Supere.
Me aguente.
Não arrebente.
Supere.
Vença o medo de me deixar
transbordar,
de transpassar seus muros.
Não me
aprisione
me
libere, me deixe ir ao fundo,
pois ao
voltar do mergulho
saberei,
como sobreviver
às tormentas,
às represas,
ao medo
ao nada
a você.
Por Shannya Lacerda
Natal,
28 de março de 2013.