quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

De: Meus pedaços/ Para: Mim.


Com um ziguezague nas palavras
vou chicoteando, driblando,
camuflando meu falar, minhas máscaras;
vou compondo meu destino
ainda sempre por traçar;
vou projetando um devir a imprimir de fora
o avesso da máquina faustuosa;
vou afastando-me,
para dar vazão ao pedaços, estilhaços
dos eus de mim. E no jogo cotidiano
as rimas sob os dedos vou contando:
não passam de uma farsa,
não passam de um eu de pedaços
– engendrados por um mim.


por Shannya Lacerda
Natal, 26 de novembro de 2012.

Nenhum comentário:

Postar um comentário