Com
um ziguezague nas palavras
vou
chicoteando, driblando,
camuflando
meu falar, minhas máscaras;
vou
compondo meu destino
ainda
sempre por traçar;
vou
projetando um devir a imprimir de fora
o
avesso da máquina faustuosa;
vou
afastando-me,
para
dar vazão ao pedaços, estilhaços
dos
eus de mim. E no jogo cotidiano
as
rimas sob os dedos vou contando:
não
passam de uma farsa,
não
passam de um eu de pedaços
–
engendrados por um mim.
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