terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Quando? Acordo...
Acordo. A manhã banha-me,
dourando de sol o fogo
dos meus cabelos;
meu corpo vai reagindo ao calor
que a noite, em partes, esfriou.
Acordo, levanto. Mas ainda de fato
não acordo, recuso deixar as dobras,
os sulcos, as fissuras do desarrumado
das cobertas em minha cama.
Recuso pôr roupas e sair,
desfilando, definhando
até a noite, finalmente, cair.
Recuso a vida desse jeito e todos
os atos que dela vem, cujo ensaio
é permanente – inrevivível – .
É soa estranho, mas a vida toda
queremos o estranho, queremos
o inusitado, o sair da rotina.
E quando acontece... ah quando
acontece finalmente acordo. Abro
as janelas, visto a roupa mais alegre
e dou a volta por cima; riscando do
meu salto os novos traços, atos
de minha vida. Aí sim:... Acordo!
por Shannya Lacerda
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Bom dia, linda rosa do cairo.
ResponderExcluirAssim como no lindo e inspirado poema, que você acorde: "Abro
as janelas, visto a roupa mais alegre
e dou a volta por cima; riscando do
meu salto os novos traços, atos
de minha vida".
Bj