Rosa do cairo: Aprendiz do ma (r) ve (r) gar

domingo, 10 de abril de 2011

Aprendiz do ma (r) ve (r) gar

                Mar bravio, indômito mar.
                Mar cardeal, insular,
            Arrebata-me o fervor
                Quero te navegar
                Construir meus ais
                para que no cais possa
                         dizer-te como quero
                                             mar vergar
                                                       mar fundar
                                                                 mar entrar
                                                                        áh... calar!....

por Shannya Lacerda

2 comentários:

Roberto Noir15 de abril de 2011 às 19:55
Muito bom! Ótimo jogo de palavras. Parabéns!Os dois primeiros versos ficaram excelentes assim como o reto do poema.
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docerachel21 de abril de 2011 às 09:27
Que teu navegar seja de espumas flamejantes e te deixe exausta de prazer.
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Se creio, hoje, que tudo na vida é passageiro. Em que lugar a poesia se inscreveria então? Se a poesia é o porto, mas não é o ponto de apoio aos que dela vivem. E se a poesia nada mais é que um ponto de partida ao voo, o que será ela se se apresentar como porto? Talvez nada. Pois, não será ela a tábua de salvação de ninguém, entretanto será a libertação da linguagem e da descoberta psíquica de um novo ser, menos preso às generalidades banais e mais livre ao ar íntimo, soprando das ladeiras do destino e do descompasso com o protótipo social estrangulador das vivências ímpares.
Ademais, poesia é poesia e não importa se me dizem que ela é bobagem, passa-tempo ou desemprego do tempo, vou continuar vivendo-a e sentindo-a pelos caminhos de minha vida.